Rui Luar é um fotógrafo, realizador e
diretor de filmes pornográficos gays portugueses. Conversamos com ele despido e
deitado na Cama de Pedro, cheio de alento e algo mais.
NCP: Como descobriste a tua atração por homens e como foi a tua 1.ª
aventura no mundo gay?
Rui: Ui!
Começas por dar-me forte! O meu processo de descoberta durou muitos anos, mais
do que gostava, mas infelizmente, a homossexualidade continua a ser um tabu. Ao
contrário dos heterossexuais, precisamos de tempo para nos aceitar como gays. No meu caso, houve lugar a todo um
processo de “sair do armário”, junto a cada uma das pessoas, sendo que nem
todas o aceitam ou gostam… Por acaso, têm de gostar de alguma coisa? Há que aceitar
e continuar. Ainda temos de passar por estes processos absurdos! Desejo que as
novas gerações possam simplesmente viver em harmonia, sejam hétero, homo,
bissexuais, etc. A aceitação é um sinal de que, finalmente, a nossa sociedade
abraçou e abrangeu as diferentes orientações sexuais existentes, sem penalizar
nenhuma delas.
Acerca da minha primeira experiência,
só posso dizer que não foi como a tinha idealizado. Sabes quando acontece o
pior que podia acontecer? Pois, foi mesmo assim.
NCP: De que forma o fascínio pela nudez masculina e sexo entre homens
despoletou esta tua vertente artística? Quais foram (são) as motivações?
Rui: Quem não
gosta de porno? A minha área é a artística. Estudei Comunicação Social, e virei
mais para a arte do vídeo. Do lado pornográfico, sempre fui esquisito na hora
de procurar porno. Sou mesmo tão esquisito, que quando assisto a um filme, vejo
a história e quando começa o sexo passo à frente. Um dia descobri os filmes do
Bel Gris em www.tetatita.com, e apaixonei-me. Aqueles eram mesmo
o que eu queria ver! Embora fossem filmes héteros, adorava-os, incrível. Certo
dia, decidi enviar uma mensagem ao Bel, dando-lhe os parabéns e ofereci-me a
minha disponibilidade, caso um dia precisassem de um editor de vídeo.
Obviamente pensava que não ia ter resposta, mas o que aconteceu foi mesmo
irreal. Ele escreveu-me para me dizer que estava a procura de alguém para fazer
mais filmes. Nunca na vida tinha pensado fazer nada relacionado com esta área.
A oportunidade apareceu e agarrei-a!
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NCP: É fácil encontrar homens disponíveis para filmar ou fotografar
durante o ato sexual? O que é que os cativa em fazê-lo: exibicionismo,
egocentrismo, prazer ou dinheiro?
Rui: Recebo
muitas mensagens de pessoas que gostavam de ser filmadas, de ver e
experimentar, mas na hora da verdade, quando digo “vamos fazê-lo”, a resposta é
“não consigo”. É extremamente difícil encontrar pessoas que queiram levar uma
filmagem a sério, o que percebo: cada um de nós tem as suas razões para o fazer
ou não. Agora, quem envia uma mensagem sabe perfeitamente para onde está a
enviar. Por isso, antes de oferecer-vos uma filmagem porno, pensem se realmente
estão dispostos a ser exibidos a ter sexo na net.
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NCP: Como controlas a excitação nestes momentos ou é tudo “profissional”
sendo que raramente tens uma ereção? Vejo que há aí algo grosso e apetecível…
Rui: Ah, ah,
ah! Eu ou profissional, por isso nunca vou sair dessa faceta. Não sou de pedra,
e as ereções são normais e naturais. Mau seria não as ter, porque isso
significava que alguma coisa não está a bater certo.
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NCP: Trabalhas para uma empresa espanhola gay friendly. Um dos atores principais é bem-dotado e apetecível.
Em que consiste esta parceria? Não gostarias de filmar sexo com penetração
entre esse ator e outros participantes?
Rui: Exatamente,
trabalho em parceria com Tetatita e Bel Gris. O Bel é um mito entre os
homens gays, dos quais faço parte! Lamentavelmente ele está em Barcelona e eu
em Lisboa. Por isso, para já, não dá para filmar diretamente com ele. Quem sabe
um dia...
Para terminar,
na Cama de Pedro, rendidos às obras que o Rui partilhou connosco e às suas
palavras, é tempo de apreciar o seu Luar. Algo requer uma boca quente.
Querem-se juntar a nós?
Parabéns pela entrevista! Muito bom!
ResponderEliminarGracie.
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