Naqueles tempos, não sabia qual era a minha orientação sexual. Pelo menos, tentei abnegar o lado homossexual, frequentava eu o 8. ano, o de todas as hormonas saltitantes. Naqueles tempos, não se falava em assédio sexual, muito menos por parte de professores a alunos. Claro que existiam professores(as) enrolados com alunas(os) no Secundário, mas todos eram bem mais crescidos do que eu. Com a entrada de Portugal na CEE e a chegada de novas revistas ao país, um dia, ao ler um artigo, no qual uma mãe confidenciava a experiência do filho, que com todos os rapazes da turma e o professor batiam punheta no centro da sala, finalmente entendi o que se passava. Nas aulas de madeiras, em trabalhos oficinais, o professor frequentemente fazia-se esfregar no meu corpo. O mesmo se aplicava a uma prima. Confidenciava o que podíamos fazer nas traseiras da sua carrinha fechada. Não recordo os termos, talvez por uma certa infantilidade ou nojo. Por vezes, sentia-me excitado perante aquela figu...